segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

(3) NA COXIA COM... - GOTTSHA

GOTTSHA

 
           SANDRA MARIA BRAGA GOTTLIEB, no registro do cartório, e GOTTSHA, nos letreiros dos grandes espetáculos de TEATRO e na mídia, em geral, esta carioca, guerreira e talentosa, aceitou falar com o nosso blog, numa conversa descontraída e alegre, como é o seu natural.
           Cantora e atriz (cantriz) das mais requisitadas nos últimos anos, registra mais de 20 anos de uma carreira artística, coroada de grandes sucessos de público e de crítica.
 
           Na sua discografia, três gravações: NO ONE THE ANSWER (1995), I LOVE THE NIGHT LIFE (1998) e a participação numa das faixas do cd da novela COBRAS E LAGARTOS (2006).

          Na TV, alguns de seus trabalhos:
1999 - CHIQUINHA GONZAGA (Dalva)
2003 - CELEBRIDADE (Carmem Santana)
2004 - SENHORA DO DESTINO (Crescilda)
2007 - DUAS CARAS (Eunice / Diva)
2008 - BELEZA PURA (Moça que pede uma vaga a Zé Henrique - Bruno Mazzeo)
2010 - A VIDA ALHEIA (Nelma)
2010 - TI TI TI (Madame Linda Ferguson)
2012 - AS BRASILEIRAS (Massagista)
 
           Como dubladora:
2001 - MONSTROS S/A (Roz)
2011 - ENROLADOS (Gothel)
 
           No TEATRO, já participou de uma vasta lista de espetáculos, a maioria dentro do gênero "musical".  Destaques para:
AS MALVADAS (1997)
QUEM INVENTOU O BRASIL?
COLE PORTER - ELE NUNCA DISSE QUE ME AMAVA - Por este trabalho, recebeu o Prêmio QUALIDADE BRASIL (atriz revelação).  Com este espetáculo, apresentou-se em Portugal, no Cassino Estoril.
GODSPELL
SUBURBANO CORAÇÃO
TUDO É JAZZ
MOVIE STARS - ao lado de ALESSANDRA VERNEY
CHIQUINHA GONZAGA
A VIDA PRIVADA É UMA COMÉDIA
SUCESSOS DA ATLÂNTIDA
OUI, OUI, A FRANÇA É AQUI
7, O MUSICAL
BEATLES NUM CÉU DE DIAMANTES
4 FACES DO AMOR
COMO VENCER NA VIDA SEM FAZER FORÇA
UM NATAL PRA NÓS DOIS
DISCOTHÈQUE
 
 
O TEATRO ME REPRESENTA - MERDA (OTMRM) - De onde surgiu esse nome artístico, que, aliás, é muito forte e combina muito com você? 
GOTTSHA (G) - Precisava de um nome para um trio, em 1993, que pudesse vir a ser o meu, se, no futuro, o trio acabasse.  Um amigo nos batizou de GOTCHA, e eu me dei conta de que essas sílabas pertenciam ao meu sobrenome, GOTTLIEB, e nome, SANDRA, (acrescentando um H, entre o S e o A):  GOTT SHA.  Não deu outra.  Desde lá, uso esse nome e tem me dado muita sorte.
(OTMRM) - Há muito tempo, você vem emendando um espetáculo no outro, às vezes, até, fazendo dois, simultaneamente.  Onde você consegue tempo e energia para dar conta do recado?  Nem falo do talento, porque este transborda em você.
 (G) - Entro em tédio profundo quando me sinto inutilizada.  Sou preguiçosa, mas muito da boca pra fora, pois, quando a questão é trabalho, estou sempre pronta.  Acho que me energizo quando estou em cena.  Esse é meu segredo.
 (OTMRM) - Você é uma das mais requisitadas cantrizes (cantoras/atrizes) do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO.  Só com a imbatível dupla Möller & Botelho, quantos espetáculos você já fez e qual o de sua preferência?  Por quê?
(G) - Ah!  Agora, não sei ao certo, mas, pelo menos, uns oito ou nove eu já fiz com eles.  COLE PORTER – ELE NUNCA DISSE QUE ME AMAVA foi um marco na carreira de todos, principalmente na minha.  Sou muito grata a esse musical, aprendi lições de arte e vida.
 (OTMRM) - O seu potencial vocal é incrível, invejável, motivo pelo qual valoriza todo musical de que participa.  Há alguns anos, você chegou a arriscar uma carreira paralela, como cantora, e até gravou um cd (que eu estou procurando e não acho para comprar).  Tem planos para um segundo, um terceiro, um quarto...?
(G) - Na verdade, comecei como cantora.  Lancei um cd, em 1995, chamado NO ONE TO ANSWER e um “single”, em 1997, chamado I LOVE THE NIGHTLIFE, música que cantei no meu primeiro musical, AS MALVADAS, e canto em DISCOTHÈQUE (regravação da Alicia Bridges).  Estou pronta pra qualquer proposta musical; é questão de tempo e oportunidade. 
(OTMRM) - Existe alguma possibilidade de registrar, em cd e/ou dvd, o recente espetáculo DISCOTHÈQUE, no qual você foi aplaudidíssima, durante as suas duas temporadas?
 (G) - Existem muitas possibilidades, mas ainda não posso garantir.  Vontade é o que não falta.
 (OTMRM) - Creio que, a partir de 23 de dezembro, você estará gozando merecidas férias.  E os projetos para 2014?  Dá para falar ou ficam em segredo?
(G) - Quero voltar com o DISCOTHÈQUE, tenho um convite para um musical, no segundo semestre, além da TV, que estou sempre namorando.
(OTMRM) - Você poderia contar alguma(s) “mancada”(s) em cena, que lhe tenha(m) criado constrangimento ou gerado boas gargalhadas na coxia?
(G) - Nossa!  Já tive tantas, que não me lembro de uma específica, mas, recentemente, tenho tido ataques de riso, em cena, olhando pro rosto do meu parceiro, TADEU AGUIAR. Tenho que me concentrar muito.  (risos)
(OTMRM) -  Já lhe ocorreu o “fantasma” do “deu branco”?  Em caso afirmativo, em que espetáculo e como foi resolvido o problema?
(G) - Demais.  Sempre tive, inclusive com letras de música.  Mas sempre uso um “truque” e só quem me conhece bem sabe.
(OTMRM) - Você acha que o TEATRO MUSICAL, no Brasil, já atingiu um nível de excelência e quantitativo, a ponto de merecer que seja criado um prêmio específico para reconhecer o talento dos artistas que se dedicam a ele?
(G) - Certamente.  Acompanho esse crescimento, desde comecei a fazer musicais, e fico muito feliz em saber que, atualmente, o Brasil é o terceiro país no mundo em produção do gênero.  Obviamente, merecemos ter prêmios.  É nossa forma de reconhecimento e estímulo.
(OTMRM) - Sendo conhecedor de espetáculos da Broadway e, salvo algum engano, o maior frequentador e admirador de musicais no Brasil (risos), sem nenhum ufanismo, digo que, em muitos aspectos, não ficamos devendo nada aos estrangeiros, principalmente na qualidade do material humano.  Você concorda comigo?  O que ainda está faltando aos musicais brasileiros, para que atinjam um perfeito índice de qualidade?
(G) - Nós, literalmente, nos “viramos nos trinta”, pois, sem estrutura alguma, já vivenciei momentos de glória e sucesso. Hoje, os artistas estão muito mais preparados, principalmente para os musicais, em termos artísticos, técnicos, financeiros...  Não devemos a ninguém lá de fora, temos uma energia ímpar.  Lá, esses aspectos são corretíssimos, mas, aqui, temos um “va-va-vum” que ninguém tira.
(OTMRM) - Antigamente, para se montar um musical, no Brasil, era um grande sacrifício (ainda o é hoje), uma vez que os diretores e produtores se esforçavam muito para encontrar alguém que, no mesmo nível de qualidade, cantasse, dançasse e representasse.  Era muito difícil formar um elenco, principalmente quando era grande.  Hoje, ocorre o contrário.  Os diretores e produtores sofrem por terem de abrir mão de grandes talentos, que se multiplicam a cada dia.  O que mudou na formação do ator brasileiro?
(G) - Os artistas estão buscando se aperfeiçoar, estudam, fazem aulas, assistem a dvds, vão à Broadway, a Londres, ouvem , veem, se interessam...
(OTMRM) - Por que, hoje, os teatros lotam, quando o espetáculo em cartaz é um bom musical?  Mudou o interesse da plateia?  Em função de quê?
(G) - Os musicais sempre foram espetáculos interessantes, pois, onde há música, há felicidade, e, com essa difusão do gênero, pelo Brasil, e os talentos que nos são apresentados, o público descobriu seu lugar.
(OTMRM) - Algumas pessoas me dizem que ainda há um grande preconceito contra musicais, no Brasil.  Você compartilha essa opinião?
(G) - É uma questão de gosto.  Assim como há pessoas que não curtem drama, ou peças "cabeças", ainda há quem deteste musical, mas sinto uma melhora, principalmente por parte da classe artística.
(OTMRM) - No seu recente “show”, DISCOTHÈQUE, em certo momento, você agradece a DONNA SUMMER, a quem chama de sua “professora”.  Na realidade, você nunca estudou canto, academicamente falando?
(G) - Nunca.  Nasci com o dom.  Fui estudar, depois que já tinha cantado muito, mas fiz só aulas para entender da parte respiratória.
(OTMRM) - Como se deu a sua formação como atriz?
(G) - Fiz Tablado, alguns cursos de teatro, com DANIEL HERTZ, ADRIANA MAIA, MIGUEL FALABELLA... (na escola).
(OTMRM) - Hoje, você pode ser considerada uma referência em musicais.  A partir de qual espetáculo, passou a sentir que era respeitada e cultuada como uma grande artista?
 
(G) - Foi a partir de COLE PORTER – ELE NUNCA DISSE QUE ME AMAVA.
 
(OTMRM) - Para conseguir sobreviver, no TEATRO, os atores costumam exercer atividades paralelas.  Você consegue se dedicar apenas a ele ou “se vira nos trinta”?
 
(G) - Faço dublagens, "jingles", sou produtora, empresária...  Eu me viro nos vinte.  (risos)
 
(OTMRM) - Que personagem lhe deu mais trabalho para ser construído?
 
(G) - Ethel Merman, de COLE PORTER, pois era um personagem que não se parecia em nada comigo, fisicamente, tampouco vocalmente (soprano).  Era a Miss Broadway, a maior cantora de lá.  Foi muita responsabilidade, mas um prazer imenso.  Me rendeu até prêmio de revelação de atriz.
 
(OTMRM) - O que representa/ou, na sua vida, o espetáculo BEATLES NUM CÉU DE DIAMANTES?
 
(G) - Prazer, amor e alegria.
 
(OTMRM) - Que espetáculo em que atuou você gostaria de ver remontado?  Por quê?
 
(G) - Seria COLE PORTER - ELE NUNCA DISSE QUE ME AMAVA, porque muitos não viram e quem viu vive pedindo pra rever.

(OTMRM) - Que espetáculo mais lhe deixou saudades?  Por quê?

(G) - 7- O MUSICAL  Fui muito feliz naquele momento.  Foi o primeiro musical autoral dos meninos (CHARLES MÖLLER e CLÁUDIO BOTELHO) e era luxuoso, lindo, inteligente, ousado, com o elenco mais diversificado e homogêneo com que já trabalhei.  VIVA 7!

(OTMRM) - Que espetáculo de que não tenha participado você gostaria de ter feito?  Por quê?
(G) - Nenhum, acho que o que é pra mim , lá estou !!!

(OTMRM) - Que texto ou personagem gostaria de representar um dia?
(G) - Uma vilã bem engraçada.  Má, mas com humor.  Acho que faria muito bem.
 
(OTMRM) - Mesmo trabalhando muito, a gente se encontra, com certa frequência, nas plateias, principalmente nas estreias.  Dos mais recentes, ou qualquer outro a que tenha assistido, qual espetáculo lhe causou grande prazer e admiração?

(G) - ELIS, A MUSICAL.  Fiquei passada, com a competência de todos, a beleza, o bom gosto e, principalmente, com a LAILA GARIN, que é uma monstra na atuação e no canto.
 
(OTMRM) - Com quais atores a atrizes, com quem ainda não tenha trabalhado, você gostaria de dividir o palco?
 
(G) - TOTIA MEIRELLES.  Sou mega fã.  Mas sei que esse encontro ainda vai rolar.

(OTMRM) - Você gostaria de me fazer alguma pergunta?  Qual?
(G) - Sim.  Quantas vezes você assistiu a BEATLES NUM CÉU DE DIAMANTES? J
Bjks.

(OTMRM - GILBERTO BARTHOLO) - Bem, aqui vai a resposta: 55 (CINQUENTA E CINCO) vezes.  Isso mesmo!!!  E lamento não ter visto todos os dias.  Assisti ao espetáculo com todas as formações de elenco e em todos os teatros por onde passou, no Rio de Janeiro.  Só não vi em outros estados e em Lyon, na França.
ALGUMAS CENAS MARCANTES DE GOTTSHA NO TEATRO
 
AS MALVADAS
 
AS MALVADAS
 
COLE PORTER - ELE NUNCA DISSE QUE ME AMAVA
 
GODSPELL
 
GODSPELL
 
OUI, OUI, A FRANÇA É AQUI
 
OUI, OUI, A FRANÇA É AQUI
 
OUI, OUI, A FRANÇA É AQUI
 
OUI, OUI, A FRANÇA É AQUI
 
MOVIE STARS
 
MOVIE STARS
 

7, O MUSICAL
 
7, O MUSICAL
 
7, O MUSICAL
 
7, O MUSICAL
 
BEATLES NUM CÉU DE DIAMANTES
 
BEATLES NUM CÉU DE DIAMANTES
 
4 FACES DO AMOR
 
4 FACES DO AMOR
 
COMO VENCER NA VIDA SEM FAZER FORÇA
 
COMO VENCER NA VIDA SEM FAZER FORÇA
 
UM NATAL PRA NÓS DOIS
 
  
                                                 UM NATAL PRA NÓS DOIS
 
DISCOTHÈQUE
 
DISCOTHÈQUE
 
DISCOTHÈQUE
 
 
 
(FOTOS DE ORIGENS DIVERSAS - DIVULGAÇÃO)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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